Simon Sinek em seu livro Start with why (título traduzido no Brasil como Por Quê?: Como grandes líderes inspiram ação”) e nos apresenta o conceito Golden Circle (ou, em português, Círculo Dourado).
Este novo modelo explica porque algumas organizações e líderes são capazes de nos inspirar, e outros não. Segundo ele, grande líderes e empresas inspiradoras, diferente do pensamento comum, seguem o Golden Circle de dentro para fora e não de fora para dentro, como as pessoas normalmente fazem.
Quem começa pelo porquê não precisa convencer pois inspira. E as pessoas os seguem não porque precisam, mas porque querem.
Começar pelo porquê vale tanto para negócios, quanto para as pessoas.
“Líderes notáveis e todos que trabalham em suas organizações acreditam que servem a uma causa, e não a um estranho com motivos egoístas. E essa causa é sempre humana. Assim, todos sabem por que foram trabalhar”
Foi tentando entender a chave para o sucesso, que Simon Sinek resolveu pesquisar empresas e líderes como Apple e Martin Luther King, que conseguiram ou ainda conseguem mobilizar um grande número de pessoas a favor das suas ideias e produtos.
O que ele percebeu foi que todos eles têm ou tiveram um propósito ou ideal muito forte que fez com que persistissem e não desistissem, mesmo nos momentos mais difíceis. Além disso, Simon também pode concluir que as pessoas não se inspiram pelo o quê se faz e sim no porquê se faz algo.
A Apple, é um exemplo. Sinek explica que a empresa apresenta sua crença em desafiar o status quo através da criação de produtos bem projetados, fáceis de usar e com uma interface amigável.
Ou seja, não se trata de fabricar computadores, mas de uma causa. E toda a comunicação da marca é focada nessa causa, e não em simplesmente fazer ótimos computadores.
“O objetivo não é fazer negócios com todo mundo que precisa do que você tem. O objetivo é fazer negócios com pessoas que acreditam no que você acredita”
Martin Luther King Jr, o líder do movimento pelos direitos civis no Estados Unidos durante os anos 1950, também é um exemplo do poder do “por que”. Segundo Sinek, o discurso que usava para abordar o problema do racismo não era focado no ele achava que precisava mudar na América, mas sim no que ele acreditava. E a propósito, ele fez o discurso “Eu tenho um sonho” e não “Eu tenho um plano”.
“Sejam eles indivíduos ou organizações, seguimos aqueles que lideram porque queremos segui-los”
Seguir essa linha de raciocínio faz com que primeiro tenha-se foco naquilo que se acredita, definir os seus objetivos com clareza e perceber quais são as atitudes necessárias para alcançar o que almeja.
Empresas que adotam esse modelo, buscam pessoas com os mesmos valores, o que contribui para que ela cresça e seja cada vez mais produtiva.
Quando empresas contratam profissionais para executar determinadas funções, eles certamente trabalharão pelo dinheiro. Mas, quando a contratação envolve colaboradores que acreditam nas mesmas convicções da organização, eles trabalharão com muito mais motivação e entusiasmo, o que traz melhores resultados tanto para o funcionário como para a empresa.
Porquê? – É o propósito, o objetivo de suas iniciativas, enfim a causa que te move e a seus negócios. Cada negócio deveria começar pensando no porquê de sua existência a fim de elaborar produtos e serviços com os quais as pessoas possam se identificar.
Ao responder essa pergunta, se consegue pensar no caminho a seguir. Afinal, para quem não sabe onde ir, qualquer caminho serve.
Como? – Como você busca atingir o seus objetivos? Quais estratégias está usando para realizar a sua missão?
São estas questões que vão surgindo no momento de preencher o segundo círculo do seu plano. Na prática, é o seu plano de ação.
É nessa etapa que se inclui todas as crenças e valores que você tem.
O quê? – É o resultado de seu projeto, é onde se define o que você faz, transmite, compartilha ou vende.
Que possamos nos atentar não no que queremos, nem como alcançaremos, mas no porque. quando nos perguntamos o porquê olhamos para dentro de nós mesmos, nossos sentimentos nossos valores, olhamos para quem nós somos e temos a oportunidade de colocar nossa essência nestes projetos, nestes desejos, que serão nesse caso verdadeiros, genuínos. Como diz o artista Hélio leites “quando procuramos o que fazer dentro de nós mesmos acontece uma coisa maravilhosa, a gente sempre faz o que a gente gosta, porque fazer o que não gosta é um desserviço para o espírito. “
Olhemos então não para o que a sociedade espera de nós, não o que os amigos, parentes esperam de nós e sim o que intimamente nos faz feliz e que possamos colocar esses sonhos em nossas vidas.
By Cassiano Marcelus