Sociedade dos Poetas Mortos: Ensinamentos para a nossa essência

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Por Altair Turbay Jr.

Quando saí do cinema naquela tarde ensolarada, tinha uma certeza na minha cabeça: quero ser professor; quero compartilhar com muitas pessoas sobre a beleza da vida, da arte, do Ser – Ser com s maiúsculo para marcar a complexidade e a diversidade do ser humano – da amizade. Quero influenciar e ser influenciado. Tinha acabado de assistir com 14 anos, no Cine Bristol, Sociedade dos Poetas Mortos. O filme me influenciou com tanta profundidade que comecei a me vestir como poetas ingleses e americanos, mergulhei em discos brasileiros e estrangeiros, procurando letras e ritmos que me sensibilizassem para continuar com a energia que senti no filme. “Carpe diem, Carpe diem, aproveite o dia…” não saía da minha cabeça.

Porque, acreditem ou não, todos neste recinto um dia pararão de respirar, esfriarão e morrerão. (…) Carpe diem, aproveitem o dia, rapazes. Tornem as vidas de vocês extraordinárias.”

O que aconteceu comigo em 1989, provavelmente acontece com quase todas as pessoas do mundo: são influenciadas por algo que as motiva a mudar, refletir, construir, (re)construir na jornada da vida. Acredito que isto acontece quando conectamos os estímulos do mundo com a nossa essência.

Tornei-me professor, palestrante, instrutor e, para alguns, mentor, seguindo os passos do professor John Keating (interpretado pelo excelente Robin Williams), mas também os da minha avó Nilza Braga Fernandes (que tem escola com nome em região rural do Paraná). Ou seja, a minha essência é utilizada na vida profissional e na vida pessoal. E isto é lindo! Quando conectamos essência nas nossas ações, construímos poemas, conectamos com a beleza, desenvolvemos os versos que estimulam a nossa rotina.

Não lemos e escrevemos poesia porque é bonitinho. Lemos e escrevemos poesia porque fazemos parte da raça humana. E a raça humana é cheia de paixão. Medicina, direito, administração, engenharia, são atividades nobres, necessárias à vida. Mas a poesia, a beleza, o romance, o amor, são as coisas pelas quais vale a pena viver. Citando Whitman, “ó eu, ó vida das perguntas sempre iguais. Dos intermináveis comboios de descrentes. Das cidades abarrotadas de idiotas. O que há de bom no meio disso ó eu, ó vida? Resposta: você está aqui. Existe vida e identidade. A pujante peça continua, e podes contribuir com um verso.” Qual será o verso de vocês?”

Este é o exercício reflexivo que lanço neste texto: com qual verso você imprime identidade na sua vida? Como está preenchendo a sua vida com a sua essência? Como aproveitar o dia? Como mostrar o que sou de verdade, a minha essência?

Lembro que este filme me fez ficar em silêncio durante todo o final de semana, e por ser um adolescente quieto e tímido, ninguém estranhou a quietude. Mas a minha mente borbulhava com estes questionamentos. Borbulhava não! Ainda borbulha.

Por que estou aqui? Estou em cima da mesa para lembra-los que devemos constantemente olhar para as coisas de um jeito diferente. O mundo é bem diferente daqui de cima.”

Depois de 31 anos, está reflexão está viva e borbulhante. É, acredito que todos os 11.315 dias (aproximados), a partir das aulas do Sr. Keating, ou melhor, my captain, conectar Carpe diem com os projetos profissionais e pessoais provocam novos olhares, novos sentidos e a conexão com a essência. Mesmo que a visão do mundo mude, e ela muda.

Porém, um aviso: aproveitar a vida não é se jogar de cabeça em tudo e de forma imprudente. Temos que ter cautela, prudência, tolerância e coragem, lembrando que coragem só é virtude quando reconhecemos o medo nela.

“Sugar o tutano da vida não significa sufocar com o osso. Há momentos para se ser ousado e momentos para se ser cauteloso.”

Não vou contar a história do filme – quem conta spoiler não vai para o céu – mas escolhi frases que ilustram que a beleza da vida está nos versos que você cria, observando todos os ângulos da realidade, mantendo a prudência para jornadas sustentáveis e, principalmente, conectando-se com a sua essência.

E você, já se conectou com a sua essência? Citando Sr. Keating, me conte, qual será o verso de vocês?

SOCIEDADE DOS POETAS MORTOS (Dead Poets Society – EUA 1989). Direção: Peter Weir. Elenco: Robin Williams, Robert Sean Leonard, Ethan Hawke, Josh Charles, Gale Hansen, Dylan Kussman, Allelon Ruggiero, James Waterston e Kurtwood Smith. Duração: 129 minutos. Distribuição: Buena Vista.

8 thoughts on “Sociedade dos Poetas Mortos: Ensinamentos para a nossa essência

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