Category: Soul
Não sei qual faculdade fazer! E agora?
A adolescência é, sem dúvidas, uma fase confusa. São questionamentos e incertezas de todos os tipos, incluindo sobre o futuro. Com o passar do tempo, a medida que o ensino médio vai chegando ao final, os jovens se deparam com uma escolha muito importante e que poderá afetar o rumo que sua vida adulta irá tomar: decidir qual carreira seguir. É comum que o adolescente, ao se deparar com este momento, logo pense: “não sei qual faculdade fazer!” e fique preocupado com a possibilidade de tomar a decisão errada.
É preciso entender que, mesmo que a pessoa aparentemente não tenha ideia de qual caminho profissional tomar, esta pergunta não é impossível de ser respondida; pelo contrário: com bastante autoconhecimento é possível analisar e descobrir fatos que poderão auxiliar muito a busca pela profissão perfeita.
Autoconhecimento: o que é e como aprender?
O autoconhecimento, como o nome já sugere, é o processo de um indivíduo entender seus próprios pensamentos, hábitos, sentimentos, limitações e todas as características de si mesmo. Em outras palavras, o autoconhecimento é saber quem você é. Se autoconhecendo, entendendo o que lhe motiva, do que gosta e o que lhe deixa feliz, faz muito mais sentido seguir por estes caminhos para dar os próximos passos.
Sendo uma habilidade muito importante para o sucesso de uma pessoa, este processo pode ser facilitado por um curso de autoconhecimento. Os cursos podem facilitar a análise e entendimento de das características pessoais, que uma pessoa sozinha teria dificuldades de perceber.
Entenda quem é você
No processo de se autoconhecer, você deve descobrir quais são suas habilidades e pontos positivos. Estes também são fatores importantes para a tomada de decisões mais assertivas sobre qual carreira seguir. Um curso de autoconhecimento pode guiá-lo nesta descoberta, ajudando-lhe a conectar os pontos sobre sua personalidade e como isso pode influenciar no seu futuro.
Pesquise
Depois de descobrir quais áreas mais combinam com você, fica mais fácil buscar informações sobre elas. Comece buscando informações nos sites das universidades – elas geralmente descrevem possíveis carreiras para cada curso. Além disso, muitas profissões possuem portais de informação, fóruns ou grupos de profissionais, onde você também pode extrair dados importantes.
Para ir além e entender um pouco mais do dia a dia das profissões que tem em mente, procure utilizar seu networking para conhecer pessoas que atuem na área desejada. Quem sabe algum amigo tenha um irmão ou irmã que atue na área que você está cogitando e pode lhe contar um pouco sobre o que faz?
Na sua pesquisa, inclua descobrir também sobre o mercado de trabalho. É importante saber quais profissões estão em alta e quais podem estar saturadas ou perdendo espaço para a tecnologia, por exemplo. Este pode não ser o fator mais importante da sua análise para tomada de decisão, porém deve ser levado em consideração.
E se tomar a decisão errada?
Depois de analisar suas características, o que lhe motiva, como está o mercado de trabalho e quais seriam possíveis áreas a serem escolhidas, pode vir a questão: ainda não sei qual faculdade fazer – e se tomar a decisão errada? Esta dúvida não é exclusiva de quem está se preparando para entrar na faculdade – muitos profissionais já experientes acabam se questionando se seguiram a carreira mais adequada para si.
A verdade é que a decisão da carreira não precisa ser para a vida toda. Sendo por ter escolhido uma área que não tinha tanta afinidade com o indivíduo no momento do vestibular ou pois os interesses mudaram ao longo da vida, é normal em algum momento cogitar trocar de profissão. Novamente, o autoconhecimento é importante: não importa em qual momento da vida, é necessário conhecer a fundo para seguir em harmonia com quem se é.
Simon Sinek e o Circulo Dourado
Simon Sinek em seu livro Start with why (título traduzido no Brasil como Por Quê?: Como grandes líderes inspiram ação”) e nos apresenta o conceito Golden Circle (ou, em português, Círculo Dourado).
Este novo modelo explica porque algumas organizações e líderes são capazes de nos inspirar, e outros não. Segundo ele, grande líderes e empresas inspiradoras, diferente do pensamento comum, seguem o Golden Circle de dentro para fora e não de fora para dentro, como as pessoas normalmente fazem.
Quem começa pelo porquê não precisa convencer pois inspira. E as pessoas os seguem não porque precisam, mas porque querem.
Começar pelo porquê vale tanto para negócios, quanto para as pessoas.
“Líderes notáveis e todos que trabalham em suas organizações acreditam que servem a uma causa, e não a um estranho com motivos egoístas. E essa causa é sempre humana. Assim, todos sabem por que foram trabalhar”
Foi tentando entender a chave para o sucesso, que Simon Sinek resolveu pesquisar empresas e líderes como Apple e Martin Luther King, que conseguiram ou ainda conseguem mobilizar um grande número de pessoas a favor das suas ideias e produtos.
O que ele percebeu foi que todos eles têm ou tiveram um propósito ou ideal muito forte que fez com que persistissem e não desistissem, mesmo nos momentos mais difíceis. Além disso, Simon também pode concluir que as pessoas não se inspiram pelo o quê se faz e sim no porquê se faz algo.
A Apple, é um exemplo. Sinek explica que a empresa apresenta sua crença em desafiar o status quo através da criação de produtos bem projetados, fáceis de usar e com uma interface amigável.
Ou seja, não se trata de fabricar computadores, mas de uma causa. E toda a comunicação da marca é focada nessa causa, e não em simplesmente fazer ótimos computadores.
“O objetivo não é fazer negócios com todo mundo que precisa do que você tem. O objetivo é fazer negócios com pessoas que acreditam no que você acredita”
Martin Luther King Jr, o líder do movimento pelos direitos civis no Estados Unidos durante os anos 1950, também é um exemplo do poder do “por que”. Segundo Sinek, o discurso que usava para abordar o problema do racismo não era focado no ele achava que precisava mudar na América, mas sim no que ele acreditava. E a propósito, ele fez o discurso “Eu tenho um sonho” e não “Eu tenho um plano”.
“Sejam eles indivíduos ou organizações, seguimos aqueles que lideram porque queremos segui-los”
Seguir essa linha de raciocínio faz com que primeiro tenha-se foco naquilo que se acredita, definir os seus objetivos com clareza e perceber quais são as atitudes necessárias para alcançar o que almeja.
Empresas que adotam esse modelo, buscam pessoas com os mesmos valores, o que contribui para que ela cresça e seja cada vez mais produtiva.
Quando empresas contratam profissionais para executar determinadas funções, eles certamente trabalharão pelo dinheiro. Mas, quando a contratação envolve colaboradores que acreditam nas mesmas convicções da organização, eles trabalharão com muito mais motivação e entusiasmo, o que traz melhores resultados tanto para o funcionário como para a empresa.
Porquê? – É o propósito, o objetivo de suas iniciativas, enfim a causa que te move e a seus negócios. Cada negócio deveria começar pensando no porquê de sua existência a fim de elaborar produtos e serviços com os quais as pessoas possam se identificar.
Ao responder essa pergunta, se consegue pensar no caminho a seguir. Afinal, para quem não sabe onde ir, qualquer caminho serve.
Como? – Como você busca atingir o seus objetivos? Quais estratégias está usando para realizar a sua missão?
São estas questões que vão surgindo no momento de preencher o segundo círculo do seu plano. Na prática, é o seu plano de ação.
É nessa etapa que se inclui todas as crenças e valores que você tem.
O quê? – É o resultado de seu projeto, é onde se define o que você faz, transmite, compartilha ou vende.
Que possamos nos atentar não no que queremos, nem como alcançaremos, mas no porque. quando nos perguntamos o porquê olhamos para dentro de nós mesmos, nossos sentimentos nossos valores, olhamos para quem nós somos e temos a oportunidade de colocar nossa essência nestes projetos, nestes desejos, que serão nesse caso verdadeiros, genuínos. Como diz o artista Hélio leites “quando procuramos o que fazer dentro de nós mesmos acontece uma coisa maravilhosa, a gente sempre faz o que a gente gosta, porque fazer o que não gosta é um desserviço para o espírito. “
Olhemos então não para o que a sociedade espera de nós, não o que os amigos, parentes esperam de nós e sim o que intimamente nos faz feliz e que possamos colocar esses sonhos em nossas vidas.
By Cassiano Marcelus
Negócios movidos por objetivos
A ideia de empresas adotarem o propósito como parte de suas estratégias não é nova. O livro “Firms of Endearment: How World-Class Companies Profit from Passion and Purpose” de 2003 já apresentava pesquisa que demonstra que 28 empresas se destacavam entre centenas de outras por conseguirem atrelar a sua imagem ao propósito.
O propósito, que remete a essência destas empresas, deve ser buscada em seu âmago, ser descoberta e compartilhada por toda a cadeia que envolve a empresa. É intimamente relacionado aos valores e por isso ultrapassam modismos, unindo colaboradores, fornecedores e clientes, agregando valor às empresas que podem fazer diferença na sociedade que está inserida.
Pesquisas atuais demonstram que empresas, com objetivo de estruturar projetos e produtos perenes e sustentáveis, estão aderindo este conceito e investidores de alto nível apostam em organizações que são movidas à tangibilizar seus propósitos para um reconhecimento além de seus próprios negócios.
“Se quiser prosperar ao longo do tempo, toda companhia deve entregar não apenas resultado financeiro, mas também mostrar seu impacto positivo para a sociedade.”
Larry Fink – CEO da BlackRock
O propósito organizacional foi destaque em março deste ano no Fórum Econômico Mundial na América Latina, e evidenciou que empresas que se conectam às demandas da sociedade podem aumentar suas receitas em até 17%, segundo estudo da Escola de Negócios IMD na Suíça. Segundo a consultoria EY, negócios movidos por um propósito tiveram em um período de 15 anos desempenho dez vezes maior ao principal índice de ações dos Estados Unidos.
A importância do propósito, segundo líderes de empresas
- 79% consideram o tema central para a existência da organização, destes:
- 29% mudaram ou estão prestes a mudar sua estratégia de recrutamento para alinhá-la com o propósito;
- 32% trocaram ou estão prestes a trocar a avaliação de desempenho para alinhá-la com a finalidade;
- 35% recompensam empregados que demonstram comportamentos alinhados com o propósito.
(Fonte: Putting Purpose to Work PWC)
Ainda, consultorias de gestão apontam aumento de 30% e salto de faturamento de 5% para 50% em projetos para construção de propósitos em um ano. “O fenômeno se amplifica com as redes sociais, onde qualquer escorregão da indústria pode resultar em grandes perdas de valor de marca”, afirma Luiz Barosa, diretor da consultoria Deloitte em reportagem a revista VOCÊ RH de junho/julho de 2018.
Como a criação de um propósito influencia a atividade das organizações
No faturamento:
58% das companhias com um propósito claro tiveram crescimento superior a 10% nos últimos três anos, ante 42% daquelas que não priorizam o tema.
42% das empresas sem propósito sofreram queda na receita nos últimos três anos, enquanto 85% das movidas por um objetivo tiveram aumento.
Nos empregados:
75% dos funcionários mais satisfeitos com a vida pessoal e profissional dizem que sua empresa tem um senso forte de propósito.
73% das pessoas em organizações orientadas por propósito estão satisfeitas em seu emprego, ante 64% daquelas em companhias não orientadas.
(Fonte: Purpose at work, 2016 global report)
Desta forma, alinhar os objetivos e os propósitos organizacionais promove um planejamento com estratégias sustentáveis que permitem a perenidade e a lucratividade das empresas.
A Soul – Gestão da Essência atua facilitando na descoberta das essências e dos propósitos existentes nas organizações, tangibilizando lucros com ética, harmonia e competitividade inteligente. Para saber mais informações, visite o nosso site.
- By Cassiano Marcelus
Ikigai, o segredo do sucesso com propósito
Não existe uma tradução direta para o termo. O mais próximo que se pode chegar é a descrição feita por Ken Mogi, autor do livro “Ikigai: Os cinco passos para encontrar seu propósito de vida e ser mais feliz”.
“Ikigai é a sua razão de viver”, diz o neurocientista japonês. “É o motivo que faz você acordar todos os dias.”
Para os japoneses, todos nós carregamos o nosso próprio ikigai no nosso interior e é muito importante identificar as coisas que você gosta de fazer e que te dão prazer, são elas que dão propósito à vida e levam a uma existência longa e feliz. Pode-se começar por algo simples como beber uma xícara de café pela manhã.
Nos dias atuais somos obcecados com metas, resultados e sucesso. Sucesso que muitas vezes nos são impostos por outros, felicidade que supostamente os outros possuem. Muitas vezes temos metas, ideais e objetivos um tanto distorcidos ou impregnados por valores que não são nossos. Devemos agir de acordo com NOSSOS sonhos, aspirações e propósitos.
O legal do ikigai é que você pode partir de coisas pequenas até chegar aos grandes objetivos de vida. Qualquer um pode partir do que está ao seu alcance e começar a sentir-se bem e a experimentar os benefícios que isso traz antes de, gradualmente, evoluir para objetivos maiores.
Autoconhecimento é o mais importante. Comece do zero, olhe-se no espelho: que tipo de pessoa é você? Pense no passado e no que te dá prazer. Isso te dará uma pista. As coisas que nos dão prazer são reflexos do tipo de pessoas que nós somos.
Héctor Garcia e Francesc Miralles também abordaram o tema no livro “Ikigai – Viva bem até aos cem”.
“Você pode descobrir que há várias coisas que te deixam feliz: aprender coisas novas, cuidar do jardim, ajudar outras pessoas, resolver problemas, fazer música… ou vender coisas, falar em público.”
Nos admira pessoas que desde a infância sabem o que querem. O processo nem sempre é simples, a maioria de nós não tem consciência do que realmente quer, havendo também o peso do cotidiano, à escola, emprego, obrigações, contas… e, com isso, podemos nos distanciar de nossos impulsos naturais.
“Resgate seus sonhos de infância. Quais eram? Desenhar por horas? Dançar? Correr? Pense em quando era pequeno e no que te deixava feliz e você não faz mais”.
– Randy Pausch (1960-2008)
Um dos aspectos que diferenciam o ikigai de simplesmente ter um hobby é que não se trata de obter uma gratificação instantânea. É algo que impulsiona a pessoa rumo ao futuro e a faz seguir em frente. O ikigai pode servir de apoio sem que seja necessária a aprovação de outras pessoas para isso. O que te faz feliz não depende da avaliação e reconhecimento alheio.
Estudos realizados pela Universidade Toho, em Tóquio, investigam o sentido e significado da vida e sua correlação com a taxa de mortalidade em idosos.
Em uma outra pesquisa, a neuropsicóloga americana Patricia Boyle, do Centro Rush para Mal de Alzheimer, em Chicago, acompanhou 900 idosos que corriam o risco de desenvolver demência em um período de sete anos.
Ela concluiu que aqueles com uma boa noção de seu propósito de vida tinham 50% menos chances de ficar doentes. Encontrar um significado para a própria vida, ter uma série de propósitos é a chave para se afastar da desesperança e é, antes de tudo, um substrato terapêutico para lidar com uma das doenças atuais mais devastadoras: a depressão.
O diagrama de Marc Winn pode ajudar na descoberta. Ele mostra diferentes áreas e as intercessões de uma vida plena.
O diagrama é composto por quatro círculos que se sobrepõem: aquilo que você ama, aquilo de que o mundo precisa, aquilo em que você é bom, aquilo pelo que você pode ser pago para fazer. Ou seja: paixão, missão, profissão e talento. Ao centro, onde há a intersecção principal, está a própria ikigai.
Qual é o seu propósito de vida? A Soul facilita essa descoberta para você.
A Soul – Gestão da Essência oferece a oportunidade de autoconhecimento e direcionamento de indivíduos de todas as idades para transformar suas paixões, valores em propósitos e oportunidades de negócios. Para saber mais informações sobre o nosso trabalho, visite o site da Soul.
- By Cassiano Marcelus
O início. Será?
Quando provocados a iniciar algo, automaticamente um processo ímpar começa em nosso cérebro. Caminhamos em uma biblioteca de babel Borginiana na busca de dados e informações que, se bem alinhados, ofereçam uma resposta adequada à provocação. A questão é: será que iniciamos o processo ou tangibilizamos esta resposta com informações que já estavam nas estantes e corredores do nosso pensar?
Quando apresentamos as primeiras frases de três livros que fazem parte da biblioteca SOUL e a de uma das maiores obras da língua portuguesa, o exercício proposto é de imaginar quantos inícios constroem um projeto maior:
“Por causa de si compreendo aquilo cuja essência envolve a existência, ou seja, aquilo cuja natureza não pode ser concebida senão como existente”. (Ética – Spinoza)
“Todos nós encaramos escolhas difíceis.” (Como Escolher na Vida entre o Certo e o Certo – Rushworth M. Kidder)
“O ponto de partida desta obra é surpreendentemente simples; a vida é um processo de conhecimento; assim, se o objetivo é compreendê-la, é necessário entender como os seres vivos conhecem o mundo.” (A Árvore do Conhecimento – Maturana & Varela)
“Uma noite destas, vindo da cidade para o Engenho Novo, encontrei no trem da central um rapaz aqui do bairro, que eu conheço de vista e de chapéu.” (Dom Casmurro – Machado de Assis)
O extraordinário destas citações é o quanto de informações cada “início” provoca de reflexões e nos faz buscar mais da obra em questão.
Ou seja, as construções destas frases não são o início, como esta postagem não é o início do nosso blog. E ainda, a possibilidade de encontrarmos o ponto inicial do processo para tangibilização das obras e deste texto não existe.
O que existe é uma jornada estruturada por experiências que vão sendo inseridas nas prateleiras da nossa biblioteca de Babel e que são acessadas quando somos provocados para aprimorar a nossa busca por sobrevivência e, por que não, felicidade. Nosso objetivo comum é a busca por melhores condições, a busca pela felicidade.
Identificar, compartilhar e interagir, com outras “bibliotecas”, informações que, quando alinhadas, estruturem o pensar é o objetivo deste blog que não inicia hoje.
Hoje, ele está tangível.
- By Altair Turbay Junior
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